domingo, outubro 01, 2006

olhos nos olhos

olhos nos olhos,
assim nasce uma paixão,
uma magia, uma vontade de viver,
voar pelo o mundo,
vivendo cada segundo, como se de um dia se tratasse,
amar-te sem perceber como tudo começou.

e os lábios aproximam-se...
começam-se a tocar devagarinho...
... num canto da boca...
... e no outro bem devagarinho...
e no primeiro novamente...
e de seguida o outro,
enquanto dizes que te vais embora,
mas não consegues sair do carro e manténs-te junto de mim
e pedes silenciosamente um beijo
que já tinha sido pedido horas antes,
à beira-mar, sobre uma toalha...

dispo a minha timidez,
aproximo os meus lábios dos teus e beijo sem pensar,
não procuro a razão, apenas te amo.
invento mil histórias de encantar,
dou-te uma flor, um castelo, um palácio,
um jardim, um paraíso, um mundo, um universo,
dou-te a lua, o sol e o meu coração.
dou-te o amor que te confidencio,
dou-te as estrelas-do-mar
dou-te os barcos-do-céu

ardo por dentro, com esta paixão extrovertida,
voo nos pensamentos, nunca antes descobertos,
rabisco desenhos teus, canto pela felicidade,
enamoro-te sem desejar outra,
velo para que esteja sempre presente quando necessitas,
amarro-me à descoberta dos meus sentimentos,
dos meus mistérios, das minhas fantasias.
diriges-te para mim e eu estupidamente feliz, sorrio.
tudo se ignora para estar junto de ti,
todos se parecem infelizes perante nós,
tudo é nada contigo assim,
sim beija-me...
não encontro o sentido da vida,
enquanto estavas fora das minhas memórias,
a nossa união inevitável, assim faz estremecer este mundo,
peço-te para me beijares mais uma vez,
e os lábios aproximam-se...
começam-se a tocar devagarinho...
mais uma vez... e novamente
e mais uma vez... e novamente...
e tudo tem sentido ao teu lado,
esqueço-me do mundo,
esqueço-me de tudo... menos de ti
enquanto te beijo...

Bruno Ribeiro
Coimbra Lisboa Leiria Porto de Mós

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