domingo, outubro 01, 2006

não te sei dizer

Sorriso inocente,
Que prendes um ser,
Nas masmorras vermelhas,
Deste Inferno ardente.
Lágrimas de sangue,
Que percorrem a face
De alguém, que sente a dor
O pecado e o amor.
Mão que serpenteias
Os cabelos ondulados de um ser
Que navega no sangue
De quem chora solidão
Solidão branda e dolorosa
Desempregada quando atravessa
As linhas dos carris
Para fugir à fronteira da distância
Acompanha o pombo
Que traz no bico uma flor
Uma rosa, uma esperança
De ver alguém, um amor
Uma melancolia eterna
Dispersa na ferida que sangra
Pelos olhos por não te ver
No coração por não te Ter
Queima estas lágrimas de sal
Fervidas por este sangue de fogo
Devido ao amor eterno
Neste coração em erupção
Ouve o eco melodioso
De três letras casadas
É a palavra que sinto
Mas não te sei dizer.

Bruno Ribeiro
1999

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