café,
peço simplesmente a um desconhecido
que me trás sem se apresentar,
agradeço e dou uma moeda
e saboreio…
um casal passa…
duas crianças brincam…
um pombo pousa, na calçada gasta
de tanta vida passada…
línguas estranhas ao meu ouvido,
música longínqua…
cadeiras vazias…
passos apressados, saltos de senhora,
picotar de bengala, um tossir…
transeuntes que passam…
cadeira vaga à minha frente
e o desejo de te ver ali sentada!
‘estou ausente de mim mesmo,
o que sinto mantém-me vivo,
o que sinto corrói e mata…
entre o silêncio das palavras
Bruno Ribeiro
Lx.8.Out.007
O poema possível
Há 8 meses
4 comentários:
Esta lindo esse momento e esse sentir...mas...
Voe...livre...simplesmente...
Bjuss com carinho...
Bruno poema intenso que nos transporta para uma nostalgia sentida, esta ausência de pertencer ao vazio onde as palavras são apenas uma mera miragem, quando a alma grita por "ela"
Simplesmente adorei!
beijinho e sorrisinho grande*
Olá Bruno, boa noite!
Vejo que este texto ainda é do ano passado...
Conheço esse café, já lá estive, sabias?
Vi exactamente o mesmo que tu...o casal...as crianças...e também vi o pombo, que lhe achei alguma graça...
Ouvi o mesmo que tu...e também tinha a cadeira vazia!
Mas...tenho uma coisa para te contar...
Deixei de ir a esse café, pois sentia-me só...ausente de tudo e de todos.
Então, tomei a melhor decisão. Fui para outro :)
Nesse, tudo é diferente.
E fiquei contente sabes com o quê? Porque também te vi sentado nele!!!!
Sim....foi lá onde te chamei para perto de mim...e foi lá onde te roubei o sorriso que no outro tentei várias vezes sem sucesso...
E quando neste último te perguntei:
Ainda te sentes ausente de ti mesmo
e o que sentes ainda te corrói e mata
...tive uma boa resposta....
Não!!
Vamos ao café?
Beijo terno para ti
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