segunda-feira, junho 16, 2008

deitado, num chão de pedra!

photo: sem nome_nuno bernardo

olhar, pousado no chão frio
ausente, perdido distante,
penetrante no pensar, olhar vazio…
cabeça pesada, vislumbre de lágrima
que desce inquietante,
deste lacrimejar da caneta nesta página
enevoada, como o pesar
de uma brisa velha de nanquim
que me teima em acompanhar!

neste chão frio e húmido
desatino que vem a mim
corpo deambulante, estendido…

olhar,
pousado neste chão frio…
perdido… o meu olhar…
vazio…

Bruno Ribeiro
Lx. 8.Out.007

9 comentários:

Eu sei que vou te amar disse...

Bruno deitada no chão frio repouso a dor aniquilando com a saudade de estar tão longe de ti!
Poema intenso, fruto da tua capacidade de colorir os sentimentos com versos sublimes;)
Um beijo doce

impulsos disse...

Cheguei devagarinho
Olhei em meu redor
Vi a escuridão
O chão de pedra
Tu
Ali deitado
Prostrado
Imóvel...

Senti um frio
Um arrepio
Como se uma lâmina afiada
Me trespassasse a carne...

Abeirei-me de ti
Chamei-te
Abanei-te
Mas não te ouvi
Não te moveste...

Sentei-me então
Junto do teu corpo gelado
Abracei-te em silêncio
Para que a tua alma
Não se sentisse tão só...

Beijo

Poema e música fazem deste post um momento único que mexeu comigo ao ponto de te responder em poesia também!

Moon_T disse...

e tudo o que tens de fazer é , simplesmente, erguer a cabeça e olhar...


obrigado

Miriam disse...

Nunca sei o que te dizer...tuas palavras sempre me caem tão perfeitas...tão meus sentimentos....

Bjuss de carinho e feliz semana

Som do Silêncio disse...

.....

(em protesto)

ivone disse...

há que chorar
há que deitar
há que ter frio


há que ser tu
também
claro




levanta___________te!

f@ disse...

Olhar vazio...
a preencher...

das nuvens beijinhos

Azul disse...

Bruno!

O poema está fantástico, apesar de até doer ler.

Mas...

Tendo em atenção a data... fico com a esperança de que no dia de hoje, o teu olhar seja em frente, que tenhas um sorriso e te deites... olha quiça numa cama de rede (:))

Beijinhos Bruno

Twlwyth disse...

Sim. Sente-se o vazio do frio duma casa sem tecto, dum corpo sem afecto.

Beijo doce