terça-feira, abril 15, 2008

margens de solidão

photo: estamos todos bem servidos de solidão..._mariah

vagens do meu olhar
pesado de não te ver
sonhando com imagens tuas
sonhando acordado,
acordado sem sonhar…

vagens de lágrima utópicas
pois é de um olhar vazio de não te ver
que se ergue um rosto seco
das noites acordado sem dormir
sem sonhar acordado.

bate no vidro porque em mim não bate
a última folha sem esperança
de sonhos vagos sem sonhar
qualquer desejo que me invade
despido de qualquer ser
porque em mim não resido!

Bruno Ribeiro
Lx. 17.Out.007

9 comentários:

Som do Silêncio disse...

Querido Bruno!

São tantas, mas tantas as vezes que sonho acordada...
Talvez por saber que se não for assim...não consigo ter o que tanto quero. (isto dava para desenvolver imenso...)

Para ti...só desejo uma coisa...
Que se passares mais uma noite a sonhar acordado, que seja pelas melhores razões!
Asim vale a pena!

Para ti....aquele beijo especial!

Eu sei que vou te amar disse...

Sonhar a unica certeza de tornar desejos em realidade...
continue a sonhar, nestes instantes o despertar pode ser real!
Beijo grande

Ana Luar disse...

Cortantes, doloridas, secas, moidas de uma dor já ausente pelo vazio residente é como descreveria as palavras deste poema.

Como sempre tudo em perfeita comunhão. Este blog tem o toque da perfeição... ADORO-O!

Por entre o luar disse...

Gosto das palavras.. mas não gosto da tristeza que elas transmitem.. Gostava de ao lê-las sentir alegria... Beijinho e sorrisinho:)

Anónimo disse...

Conheço tão bem esses sonhos de nunca acabar, um vai e vem sem nunca cessar.. um sem fim de desejar sem rosto por nunca o tocar...

Esta manhã encontrei-me, ao acordar, com um sonho sem rosto... Poderá ser?

Kiss,

teetee

Anónimo disse...

Não deixes de sonhar nunca!
"O sonho comanda a vida"
mas ao mesmo tempo enxerga a realidade ;)

Bjins

impulsos disse...

Sabes Bruno
Sei bem do que falas...
Conheço de cor cada palavra que usaste para construir este teu amargurado poema...
Vivi tempos inglórios em que me contentava com pequenas migalhas, sobras de outros banquetes que sabia existirem... e era com essas migalhas que construía os meus "sonhos" que não eram... chorava lágrimas que ninguém via e que me deixavam vincoa no rosto e na alma...

Mas um dia tudo se cura, tudo passa e esfuma-se com o vento.

Beijo

MIMO-TE disse...

Um poema excelente! Que os teus sonhos se tornem cada dia mais coloridos...

Bjo
BFS

Mimo-te

Twlwyth disse...

Volta a vestir-te de ti, a colher os sonhos nas janelas que se abrem.

Beijo doce.