photo: o gesto lúdico do sonho_heliz
deliro…
vagueio no ar numa dança temporal
movimento-me por entre os acordes
como se fosse chuva…
o som no quarto, que me enche
que me faz viajar
pelas recordações, pelo presente e futuro…
deambulo…
no vazio do meu quarto
enquanto não se enche com o teu ser!
no vazio da minha rua
no meio desta multidão – solidão
pelos teus passos distantes desta calçada…
e as músicas sucedem-se…
e pinto no ar as suas letras
e esboço danças e delírios
embriagado pelo prazer de as ouvir
dançando imaginando-me a dançar contigo
um sorriso inocente no ar!
são as pedras brancas e negras dos pianos
são os traços que se rasgam do violino
que me enchem que me alegram
canto… e lá fora se alguém me ouve és tu!
delírio no vazio da solidão
danço com a minha sombra de luz apagada
enquanto não chegas…
e aí os nossos corpos pintam de prazer
o ar vazio do meu quarto
a calçada que não recebe os teus passos
a cidade sem a tua luz…
e enquanto dançamos
as nossas roupas desfazem-se
ao som destas melodias
ritmos frenéticos e harmoniosos…
o teu respirar…
sabor doce o dos teus lábios
e enquanto imagino esse toque suave
entre os nossos lábios
deliro… dança no ar…
deliro… vagueio… deambulo…
em imagens intemporais…
e quando chegares toca no meu rosto
e quando chegares olha nos meus olhos
e quando chegares afaga o meu cabelo
e quando chegares sorri…
e quando chegares beija o meu rosto
e quando chegares beija os meus lábios
e quando chegares sem aviso… ama-me!
Bruno Ribeiro
Lx. 7.Março.007
10 comentários:
Este teu texto...
Sublime!
Deixo um beijo terno só para ti!
:)
"e quando chegares sorri…
e quando chegares sem aviso… ama-me!"
Bruno, Superastes-te a ti mesmo!
Fantástico!
Aquele Abraço!
Texto belo...
Deixo um beijo
(*)
Texto belo...
Deixo um beijo
(*)
Vim agradecer-te a visita e conhecer-te.
E espanto-me com a qualidade deste blogue....
Parabéns.
Vou voltar, se permitires...
São as palavras que se caem, choram, riem, elevam-se novamente, numa "dança" sem fim. Adorei.
Beijinho.
Um miminho no meu blog PARA TI...beijo fantasma.
É a paixão que dá o desassocego da ausencia a ansia do ser amado das explorações dos sentidos e do amor porque um poeta necessita do amor como do ar para respirar.
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