sou eu e apenas eu.
esse sujeito que à chuva
anda de guarda-chuva fechado
ou mesmo sem ele!
que se esconde das poças de água
vítimas de atropelo.
é apenas um sujeito
que escreve numa frágil folha de papel
memórias soltas,
mesmo à chuva,
que importa?
desde que as folhas continuem vivas…
como as palavras audíveis
que se esfregam pelas ruas cheias
de almas sociáveis,
e de segredos mantidos entre cusquices
cai uma laranja que rebola
nas pedras molhadas, sem parar…
como o tempo…
náufrago das vidas inquietadas
por amores e desamores
e novelas de enganos
e partilha de traições
cantigas de maldizer
resquícios das palavras (ab)usadas!
mas lá vai esse sujeito
que mesmo entre o coxear das cadeiras
se senta na borda de uma rua
pintada de esplanada
e saboreia o seu café!
entre os murmúrios das mesas
e o chilrear dos passos desconhecidos!
sim, esse sujeito que sou eu!
bruno ribeiro
lx.11.fevereiro.009
5 comentários:
És tu por entre esses sentidos...*
Sim!!
Esse sujeito que és tu! :)
Beijo terno
Som
P.S. fantástico texto
ÉS TU!
(não há nada mais a acrescentar!)
MIl beijos.
continuas perdido e sózinho. e então? continuas a escrever. só por isso tens um bom motivo para pegares na caneta. se assim não fosse irias escrever sobre o quê? o amor? tema nunca gasto por muito que se escreva. continuas na esplanada no café na rua. bom sinal. estás vivo!
beijo t
ps: tenho saudades do perfume.
Bruno...
Sempre, cada vez MAIS!
Espectáculo!
Aquele Abraço
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