quarta-feira, novembro 15, 2006

rabiscos


Rascunho perto do rio Tagus
Palavras inocentes de sentimentos.

Entre amigos,
Disparates e sorrisos
Levam-me a entrar num delírio
De alegrias momentâneas…

Não te esqueci… não consigo!

Penetro por ruelas estreitas
Belas desconhecidas…
Umas degradantes,
Outras que nos levam para outros tempos…

Perdido,
Não nas ruas…
Mas sim nos pensamentos
De distâncias intransponíveis…

Em cada esquina – uma cusquice,
Em cada largo – uma festa,
Em cada esplanada – um lugar vazio!

Corro para apanhar o eléctrico
Quando queria era correr para ti,
Mas a tua mão afasta-me
Em vez de me abraçar…

Rabisco uma lágrima no ar, caída…

Uma pétala,
Folha de Outono,
Também ela a morrer…
Suspiro por fim, o último!
Olho para todo o lado,
Procurando qualquer sinal teu
Apesar de saber que nada acontece…

Percorre…
Em pensamentos meus
O passado nosso!

Perco as forças
Que já não tenho – vou ao chão.
Estendo o meu corpo
Num movimento rápido…
Jazo nas pedras da calçada a chorar…

Bruno Ribeiro
Lx. 1.Nov.06

2 comentários:

Anónimo disse...

Rabiscos num pedaço d papel, rabiscos de um pensamento, rabiscos de um sentimentos que te preenche a alma, que não te larga que caminha contigo para quer onde vás, quer estejas sozinho ou acompanhado, são apenas rabiscos do teu coração, da tua alma tão bela. adorei, lindo... beijos**

Anónimo disse...

Jazes sobre as pedras da calçada onde choras, mas se choras ainda vive dentro de ti, no fundo do coração, uma esperança que impede o fim definitivo. E é essa esperança que transformará as lágrimas tristes em lágrimas de felicidade, mais dia menos dia, num futuro próximo. abraço. Paulo