nas cinzas caídas de um toque,
aquele em que a minha mão se estende
e percorre o teu rosto.
aquele em que o meu olhar se perde
e mergulha no teu olhar.
aquele em que os meus lábios se diluem
e nadam no teu corpo.
nas amarras esquecidas de um beijo,
aquele que não se esquece, o primeiro
e que navega pelas memórias da paixão
aquele em que os nossos lábios se entregam
e desnuda os nossos corpos
aquele que apazigua os nossos desejos
e revela o nosso amor!
ai! fossem essas cinzas as tuas mãos
ai! fossem essas amarras um abraço!
que me fizessem sentir-te aqui
nesta trémula viagem
em que percorro os sonhos
num barco de papel!
Bruno Ribeiro
PMS. 29.Junho.008
5 comentários:
Caro Bruno,
Que esse barco se desfaça na lambidela dos corpos, no húmido da saudade, que se enforque na amarra do beijo recordado.
Que um dia, esse ténue barco de papel, se amachuque no amasso dos corpos e vire as cinzas que realmente te tocam.
Que arda o barco no calor da paixão...
(Essa ou outra que há-de vir... mesmo que confessadamente nunca seja a mesma paixão. Que arda...)
Beijo,
Que te posso dizer perante o que li? Diz-me tu...
Beijo carinhoso
Hoje simplesmente passo em silêncio, por vezes os gritos das palavras são tão intensos que me secam as palavras que quero dizer, hoje li e senti, porque nesse barco de papel tão frágil embarcam tantas almas á espera de um som mudo que tarda em chegar...
Beijinhos
É no frágil barco de papel, que nos leva em viagens tão inconstantes, que os sonhos nos fortificam e dão sentido à nossa vida.
Segue os sonhos vivendo a Vida! ;))
Espero-te.
Um beijo.
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