terça-feira, dezembro 12, 2006

ao relento


Ruas escuras…
Frio.
Passeios imundos… molhados,
Lixo espalhado pelo chão…
Dejectos humanos.
Tristeza em cada esquina,
Animais em decomposição,
Caixas de papelão.
O silêncio dos abandonados…
O som da calçada…
Chuva fria e negra…
Repuxos de lágrimas…
Um manto roto e mal cheiroso,
Sirenes distantes,
Olhares esquivos…
De transeuntes desconhecidos.

Noite longa…
Melancolia…
Nostalgia…
A ausência de afecto.
Terna solidão que ninguém deseja.
Vazio…
Sombras…
Prédios caídos, escombros…
Ossos de abandonados…
Precipícios em cada alma,
Corações guardado no esquecimento,
Roupas esfarrapadas…

O meu corpo dorido,
Cansado…
Noites, atrás de noites sem dormir,
Olhos exaustos,
Lágrimas, atrás de lágrimas…
Coração despedaçado…
Alma evaporada…
Espírito sem confiança…


Vazio em cada olhar,
Esperanças ausentes…
Pesadelos com os olhos fechados,
Pesadelos com os olhos abertos…
O frio da solidão…

Bruno Ribeiro
Lx. 2.Nov.06

1 comentário:

Anónimo disse...
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