sons estranhos,
estes que indagam o meu ser...
sons do silêncio doloroso,
das lágrimas que teimam em cair.
sons do bater de asas distantes,
de âncoras a levantar,
velas a içar e barcos a partir...
sons estranhos,
de estrelas a apagarem-se,
flores a morrerem...
ilusões... desejos perdidos...
sentimentos espinhosos!
que sons estranhos...
brotam da minha guitarra sem cordas,
da pena de corvo a escrever com nanquim
num negro papiro envelhecido...
sons estranhos,
estes que indagam o meu ser...
sons de palavras que não podem ser ditas,
o silêncio das que já foram ouvidas!
a morte silenciosa da solidão...
que som estranho!
Bruno Ribeiro
Lx. 6.Out.06
DEIXA QUE TE AME SEM PALAVRAS
Há 11 meses
1 comentário:
Estranhos sons, palavras que guardamos sem podermos dizer a quem mais queremos. E não nos importava que tivessemos de fazê-lo debaixo de uma tempestade com relâmpagos e trovões e as gotas de chuva a confundirem-se com as lágrimas; o mais importante seria sempre desenraizar esses estranhos sons... e contruir a música certa para fazer bater no mesmo ritmo que tinhamos quando tudo tinha mais sentido.Paulo
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