tem este rio que nasce no mar
e desagua no olhar…
que se estende
à imensidão da distância
daqui aí…
distância dos nossos lábios…
quantas margens
tem esta página que nasce da mão
e desagua no coração…
que te sente
a cada pulsar e dista
daqui aí…
distância dos nossos olhares…
segredo-te
cada palavra que sinto
e escuto
cada calambear das palavras
que percorrem a voz rouca
que nasce em mim
e desagua em ti…
são breves entre os segundos
que se diluem no infinito
este sentir e pulsar
o quanto bate o coração
por ti!
são eternos entre os segundos
que se diluem nos momentos
este sentir e desejar
o que por ti o meu corpo sente
vontade de te beijar…
Bruno Ribeiro
PMS, 29.jan.009