quinta-feira, novembro 23, 2006

numa esplanada junto ao rio

Numa esplanada junto ao rio,
Noite…
O cheiro a café
da chávena que me faz companhia.

Mesa, cadeiras vazias,
Um deserto árido,
Uma árvore seca,
Corpo ausente… o teu!

Olhares que se perdem
No vazio inconsciente das noites
Em que a tua ausência
Se torna como um peixe fora d’água.

Um arrepio na espinha – frio?
Calor do gelo que me invade
Desde que a partida foi solução…
Procuro na estrada o teu rasto… em vão!

Numa esplanada junto ao tio,
Desenho a saudade,
Escrevo sons das lágrimas derramadas
Em tons de violino!

Pestanejo a luz dos candeeiros
De chama tremulente
Como as ondas do mar…
Pergunto porque partiste…

Rabisco no ar versos que me levem até ti,
Linho azul que sempre corre,
Cascata de mártires,
Crus dos condenados…

Numa esplanada junto ao rio
Parto para nenhures,
O caminho para o nada,
Perdido no tempo…

Bruno Ribeiro
Lx. 29.Out.06

3 comentários:

Anónimo disse...

As saudades, essas que existem em qualquer lugar a qualquer hora, em qualquer objecto. É difícil lidar com ela, mas não há nada a fazer senão suportá-la. um abraço

Anónimo disse...

Numa esplanada junto ao rio, a noite...olhas as estrelas e relembras o passado que te deixa mts saudades, e sonhas ao mesmo tempo com um presente e um futuro radioso xeio de sorrisos e vontade de viver, desfrutar belos momentos nessa mesma esplanada junto ao rio ou em qualquer parte do planeta. beijo doce**

Anónimo disse...

saudade e alembrança triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de as tornar a ver...